A reforma da imprensa, nos anos 50, incluiu a modernização do texto. Expressões como fulano estava “homiziado” ou sicrano foi socorrido no “nosocômio”, importadas do jargão bacharelesco, foram devolvidas aos donos. “Oitiva”, idem. Entretanto essa palavra reaparece agora, com força no noticiário.

Que legisladores e advogados falem jurisdiquês, ok, assim como economistas se comuniquem em economês e a turma de TI, em “portingles”.  A função do profissional de mídia, porém, é também a de traduzir essas várias línguas, de forma clara.

Assim, a explicação mais provável, me parece, é uma preocupação com o rigor da informação em detrimento da clareza do texto. Bobagem. Termos técnicos que tenham sinônimos consagrados pelo uso, devem ser traduzidos.

Portanto, muito mais claro e simples do que “a oitiva está marcada para o dia tal”, é “fulano será ouvido” ou “falará no dia tal”.  Deixemos “oitiva” para os “autos”.