Faleceu Emanoel Araújo, um dos grandes nomes das artes plásticas, um rompedor de barreiras e fronteiras. Seus trabalhos foram reverenciados primeiro na Bahia, onde nasceu, e depois em todo o mundo. Lecionou nos Estados Unidos, fundou o Museu Afro Brasil e dirigiu a pinacoteca de São Paulo. Suas esculturas, pinturas e gravuras em estilo “abstrato geométrico” são sensacionais. Emanoel usou e abusou das cores com incrível sensibilidade; foi e será sempre inspiração e referência de talento e de ousadia.

Em entrevista à CBN, Paloma Amado contou que o pai estruturava os livros na mente, antes de escrevê-los. Passava horas na rede matutando e gente que não conhecia seu processo criativo, às vezes perguntava: “tá descansando”? E ele respondia: “não, tô trabalhando”. Quando terminava de escrever um livro, tinha o hábito de cortar a grama da casa. E acontecia de alguém perguntar: “Trabalhando, seu Jorge”. Ele dizia: “Não. Descansando”. Grande Jorge Amado!

O Hino da Independência, aquele que começa com “Já podeis da Pátria filhos”, tem um estribilho sugestivo para estes tempos regidos pelo ódio: “Não temais ímpias falanges/ Que apresentam face hostil/ Vossos peitos, vossos braços/ São muralhas do Brasil.” O hino tem letra de Evaristo da Veiga e música, de Pedro I.

A mídia mantem um monte de gente em Brasília cobrindo “política” e, com raríssimas exceções, ninguém na Amazônia. Parabéns pra excelente jornalista Eliane Brum. Ela sabe onde está a notíca, onde tem história pra contar e o Guardian, também. A notîcia é de outro craque da profissão: Guilherme Amado, do Metrópoles.

Impeachment no Brasil virou letra morta na Constituição. Bolsonaro pode tudo que nada acontece.