Depois de tanto tempo de reclusão, os presentes tinham a mesmíssima opinião sobre os temas e as vibes das obras: que alto astral. O comentário geral era que o esperado eram obras mais pesadas, fortes e tristes. E o que se via era talvez uma alegria e esperança num renascer melhor, pós-Covid, seja lá quando isto for acontecer de verdade.

A Feira está muito bem montada. Fácil passear entre quadros, esculturas e instalações podendo aprecia-las com gosto e com tempo. Fotografar também era preciso. Muita coisa de qualidade num ambiente altamente organizado, seguindo os protocolos de segurança e exigindo carteirinha de vacinação. A organização é um ponto alto da edição fazendo com que tudo transcorra bem azeitado.

A movimentação de compra e venda era grande. Muitas peças esgotadas que seriam repostas por outras da mesma série já a partir de hoje, segundo dia. O investidor e amante da arte estava animado.

Após circular pelo pavilhão e deixar-se inebriar por “tudo aquilo”, o visitante tem uma visão quase de oásis. A parte de pequenas exposições, entrevistas, painéis, sempre transmitidas por telão a quem se interessar.

A área gastronômica finaliza a construção bem pensada, elogiada por quem entende de ambientes. Profissionais da área comentavam sobre aproveitamento de espaço, beleza, charme e logística. Apesar de lotado, a coisa mais fácil é comprar seu ticket para alimentação ou bebida. Depois das 18:00h, quando acontece o por do sol naquele local, a pedida é deixar o vento acariciar o rosto enquanto alguns bebem um drink gelado, outros dançam na pista no mezanino ou ainda deitam-se em cadeiras antigas de praia para sorver a bela vista da Marina da Glória.

A exposição contínua hoje, dia 09, e vai até dia 15 de setembro. Todo dia tem uma programação diferente. Acesse o site para saber mais.

Mas o importante é ir, é estar lá. A semana é de ferveção cultural na cidade, a reboque da Feira. Ao chegar na ArtRio você será jogado dentro de um cubo mágico do qual vai ter dificuldade em querer sair.

Aproveite esses dias de puro deleite. Afinal, dizem que a arte salva!

Fotos: Philippe Nunes