Artista visual carioca. Nasceu em 1948, estudou desenho e pintura no ateliê da pintora italiana Caterina Baratelli, que por sua vez tinha sido aluna de Giorgio Morandi. Lá praticou croquis de modelo vivo e adquiriu os conhecimentos da profissão. Fez cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage e faculdade de jornalismo na Puc-Rio. Trabalhou como jornalista na Prefeitura do Rio e atuou nas duas profissões. Expõe desde 1970, participou de alguns salões nacionais, mas só se definiu como artista a partir de 1986, quando expôs esculturas ao ar livre no Parque da Catacumba, Lagoa. Depois disso, se dedicou à escultura por muito tempo.

Nos anos 2000 recomeçou a pintar e em 2004 fez uma exposição de pinturas na Pequena Galeria Candido Mendes, no Centro. Fez algumas exposições individuais e participou de coletivas. Suas pinturas seguiam o padrão das esculturas, gráficas, construtivas e geométricas. Em 2016 e 2017 expôs essas pinturas em preto e branco na Pequena Galeria Candido Mendes, no Rio, e no Espaço Humanar, em São Paulo.

A partir de 2018, o rigor foi se desfazendo e foi ressurgindo a figura. A iconoclastia foi posta de lado e surgiu a vontade de contar histórias. Foi um período de desenho todo dia, relembrando os primórdios dos estudos de arte, até que as figuras foram ganhando feição própria, tornando-se quase logomarcas. Com a pandemia, foi criada a Série Interiores, mostrando pessoas em casa.  Este foi o momento em que o jornalismo e a arte se uniram para criar uma linguagem própria. Pina tem duas obras no MNBA, uma escultura (1989) na entrada da Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea, e a instalação Tempo (2018), ainda não mostrada porque o museu está em obras. Essa instalação foi em comemoração aos seus 70 anos. Sua arte é uma espécie de diário de sua vida, desde jovem, e a Série Interiores é seu momento atual.