Putin deve ter cálculos estratégicos que a minha (falta de) inteligência não alcança. Ao invadir a Ucrânia, ele, que está à frente de um dos maiores postos de combustível do planeta – na definição de Yuval Harari -, acelerou a mudança da matriz energética no mundo. Deu um tiro no pé, no bolso e no próprio traseiro. Em outras palavras: Putin avança contra a própria Rússia.

Filme antigo: a Ucrânia é a Síria da vez: um monte de  escombros. Já a Rússia virou o Irã, mais isolada do que astronauta no espaço.

Ao se bandear para o Kremlin e manifestar solidariedade ao povo russo, Bolsonaro estava mirando a vitória no concurso de fantasias do
carnaval, categoria luxo e originalidade.

A guerra do Leste europeu chegou aqui: diesel sobe 24,9%,  gasolina 18,8% e gás de cozinha, 16,1%…

Um mês de guerra e ainda não apareceu ninguém dizendo – e provando – que Nostradamus previu a invasão da Ucrânia.

Por aqui, a fábrica de maldades do governo se superou: o ministro da Justiça, Anderson Torres, concedeu a medalha do mérito indigenista a Bolsonaro. A comenda é conferida aos que se destacam na defesa dos povos indígenas.