A advogada criminalista Fayda Belo é a próxima convidada do projeto Consciências, do Sesc Rio, que busca combater o racismo por meio de programações multilinguagem. Ela conduzirá, nesta sexta-feira (12), às 14h, uma palestra em que falará sobre seu trabalho nas redes sociais, em que a tônica é o combate às violências de gênero e raça. A atividade acontece no auditório da sede do Sesc Rio (Rua Marquês de Abrantes 99, Flamengo) e tem entrada franca.

Fayda Belo é especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios, além de integrar a lista do Brazil Charlab como uma das advogadas mais influentes do país. Ela ficou conhecida nacionalmente após viralizar na internet com o bordão “pode ou não pode?” ao tratar de assuntos jurídicos de forma acessível. Atualmente, suas redes reúnem uma comunidade com 1,5 milhão de pessoas.

Pelo seu carisma, ela foi apelidada de “Annalise Keating brasileira”, em uma referência à personagem de Viola Davis – uma advogada e professora de Direito – na série de TV “How to Get Away with Murder”. Além de advogada e consultora jurídica, Fayda atua ministrando palestras sobre racismo, direitos da mulher, violência contra a mulher, feminismo, políticas públicas para mulheres negras, empoderamento político, entre outros assuntos.

“Acredito que, em que pese estarmos avançando em leis e políticas públicas, a sociedade ainda precisa aprender muito no tocante ao respeito à diversidade e combate à discriminação dos grupos minorizados”, afirma a advogada, destacando que o respeito às diferenças e a educação como instrumento de mudança e conscientização social serão os tópicos de destaque de sua palestra.

A palestra ocorre em um momento em que discussões sobre o assunto ganham corpo no Congresso Nacional. Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 1086/23 que institui o 14 de março como o Dia Nacional Marielle Franco de Enfrentamento da Violência Política de Gênero e Raça. Nessa data, em 2018, a vereadora Marielle Franco foi executada a tiros no Rio de Janeiro, juntamente com seu motorista Anderson Gomes. Passados cinco anos, polícia e Ministério Público têm dois acusados pelo ato, mas ainda não sabem quem foi o mandante do crime.