Fernando Brum inaugura sua exposição individual “The Land, Scape”, nesta quinta-feira, dia 07, às 19h, no espaço cultural Z42, no Cosme Velho. A curadoria é de Fernando Cocchiarale.

“A paisagem não se desassocia, ou seja, estamos intimamente conectados. Faço parte deste lugar nenhum, e ele faz parte de mim. Nos pertencemos.” (Fernando Brum)

Exposição reúne toda sua produção recente, trazendo em sua maioria trabalhos ainda não expostos no Brasil. A mostra traz cenas tiradas de seu cotidiano associadas a cenas do imaginário. O artista mistura fantasia e realidade, criando seu próprio microcosmo e assim surgindo um novo universo de possibilidades.

Buscando a beleza da estranheza nos detalhes não importantes aos olhos, como pedras, plantas, e fragmentos de coisas. Os trabalhos ocupam todos os espaços da Z42 Galeria e são em grande parte pinturas a óleo, e algumas poucas em tinta acrílica.

“Cresci numa cidade de montanhas, florestas e com muito verde ao meu redor, por esse fato sempre atentei o olhar para a natureza e seus mistérios, ou o que eu chamo de poética do lugar nenhum. Com meu trabalho resgato a invisibilidade das coisas e transformo em algo que se expanda na imaginação do coletivo.

A paisagem não se desassocia, ou seja, estamos intimamente conectados. Faço parte deste lugar nenhum, e ele faz parte de mim. Nos pertencemos. O trabalho não é somente sobre a cena que está sendo retratada, e sim sobre o silêncio e a metamorfose das coisas. O destrinchar se dá no mundo ao meu redor por meio de pinturas sobre a tela. Essas pinturas trazem à tona esse lugar nenhum, que são pedaços, fragmentos de coisas que constituem uma única ideia, a de que pertenço a um todo.

Plantas, pedras, galhos de árvore ou o nada ganham destaque e viram protagonistas. Todo universo ao meu redor entra no trabalho, tudo que está ao alcance dos olhos, o que está e o que não está sendo velado. O trabalho permeia pela intimidade da criação, que está exposta para quem quiser reparar. Busco a incompletude no resultado final do trabalho para que o olhar do espectador possa circular por ele e assimilar da maneira que lhe couber, e que assim possa se identificar com algo do seu próprio mundo. É como contar uma história.”

​A Z42 Arte fica na Rua Filinto de Almeida 42, no Cosme Velho.