Este sábado é o último dia para visitar a exposição “Autofagia – Eu Devoro Meu Próprio Tempo”, primeira individual de Delson Uchôa no Rio de Janeiro depois de 13 anos, na Anita Schwartz Galeria de Arte.

O artista nasceu em 1956 em Maceió, onde vive, tem obras em instituições brasileiras e estrangeiras. Estão na mostra trabalhos inéditos, resultado de sua pesquisa desenvolvida desde 2005, em que aplica uma resina sobre o piso de cerâmica crua de seu ateliê, cria pinturas sobre sua superfície, descolando-a meses depois, criando um “manto de pele”, em que acrescenta mais pintura.

Em um processo que chama de autofagia, recorta pedaços dessa pele de pintura, e enxerta em outros trabalhos, às vezes antigos, costurando com agulha e linha. O público pode tocar e manusear as obras expostas, e muitas têm dupla face.

A primeira individual do artista na cidade foi em 2005, quando expôs na extinta Galeria Anna Maria Niemeyer. Desde então, suas obras têm sido vistas em mostras coletivas, como no Museu de Arte do Rio. Com forte presença em exposições no Brasil e no exterior, Delson Uchôa tem trabalhos em instituições como Inhotim, em Minas, Fundação Edson Queiroz, em Fortaleza, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), em Recife, Coleção Gilberto Chateuabriand/MAM Rio, Coleção João Sattamini/MAC Niterói, e Museu Nacional de Belas Artes.

Na Alemanha, suas obras integram em Berlim as coleções York Stack e Vogt, e, em Koblenz, o acervo do Ludwig Museum. Em 1993, fez uma residência artística na Alemanha, onde expôs na galeria Springer, em Berlim. Participou da XXIV Bienal de São Paulo, em 1998, com curadoria de Paulo Herkenhoff, e da mostra “Como vai você, Geração 80?”, organizada por Marcus de Lontra Costa e Paulo Roberto Leal, na EAV Parque Laje, em 1984.

A Anita Schwartz Galeria de Arte fica na rua José Roberto Macedo Soares 30, na Gávea.

Fotos: Luiza Chataignier